Todos os artigos: Nacional

Marca Portugal

Se há coisa que os nossos meios de comunicação social gostam, é da finura de lábios estrangeiros a pronunciar a palavra “Portugal”. Estou em querer que basta um americano articular esse abracadabra para choverem parangonas nas manchetes nacionais sobre a “marca Portugal” e a nossa importância no mundo.

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Europeias: ou vai ou racha

A CDU apresentou ontem o cabeça de lista para as eleições europeias. O João Ferreira, já deputado europeu neste último mandato, tem todas as condições para continuar a mostrar porque é daqueles que faz mesmo falta ao projecto democrático e progressista que a CDU tem vindo a construir ao longo de anos, quer no plano interno, quer no plano externo. O trabalho dos deputados e deputadas da CDU que passam pelo Parlamento Europeu, é não só elogiado pelos seus pares, como merece o nosso maior respeito pelas difíceis condições em que se desenrola.

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Aborto: pelo direito a decidir, nem um passo atrás

Era dia 20 de Dezembro e este Manifesto deu conta do impensável. Até esta data a campainha não soava a rebate. Talvez por serem comunistas a avisarem. Talvez porque o Governo cria tantas distracções que coisas destas vão passando. Talvez porque não se olha o suficiente para o Estado Espanhol para perceber até onde vai a barbárie, que, de resto, não espera por notícias de blogues para passar fronteiras.

A verdade é que pelo meio de tanto pão e circo, os direitos humanos entram numa espiral de retrocesso que não pára.

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Big Brother dos pequeninos

Sempre que se fala no Rendimento Social de Inserção (RSI) – antigo Rendimento Mínimo Garantido – há alguém que conhece, que vê, que ouve outro alguém que vive à custa de subsídios, que passa os dias nos cafés, que tem grandes carros à porta, que, que, que.

Se é um facto que as generalizações são sempre um erro, faz-me confusão esta mania tão portuguesa de apontar o dedo ao vizinho, sabendo nós tudo sobre a casa do outro, o que se come, o que se bebe, o que se fuma, o que se gasta e como se gasta.

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Os muitos quadros de Miró

Muito justamente, existe indignação sobre a venda pelo estado de 85 quadros de Joan Miró. Estes foram avaliados, quando eram ainda posse do BPN, em 150 milhões de euros. Em 2008, quando o então Governo socialista anunciou a “nacionalização” do banco, o Estado herdou a colecção. O Governo de Passos prepara-se para vender a colecção, através da leiloeira Christie’s, esperando auferir apenas cerca de 35 milhões de euros. E não, a perda de valor não foi porque ganharam mofo.

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Pedro vs Hugo

Hugo Soares, presidente da JSD e deputado à Assembleia da República pelo PSD, declarou, há cerca de uma semana, num debate televisivo, que “todos os direitos das pessoas podem ser referendados”. Foram palavras que originaram, por todo o lado, muitas conversas, discussões e comentários. Já foi há uma semana, bem sei. Nos tempos do “mastiga e deita fora” há prazos de validade para todos os acontecimentos. Mas eu retive o que foi dito por Hugo Soares naquela noite. E retive, não pela declaração que acima transcrevi mas por uma outra: “os portugueses têm maturidade democrática para, se forem esclarecidos sobre esta matéria, votarem em consciência. Sabe porquê? Porque eu não passo atestados de menoridade, nem de inferioridade, a nenhum dos meus eleitores nem a nenhum dos portugueses que estão lá fora”.

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Do lenço para o ranho ao papel para limpar o cu

Quando era miúdo, os meus vizinhos – uma família numerosa, mesmo numerosa daquelas a quem a associação do mano Ribeiro e Castro não passava cartão – tinham a retrete deles fora de casa. Atravessavam a viela estreita, passavam pela minha casa, depois pela cozinha deles – também fora de portas – pelo buraco onde guardavam os cães – ou o que sobrava deles – e só depois, no quintal, estava a retrete, a poucos metros da estrumeira que o senhorio teimava em manter para dar de comer às couves. Era um cubículo estilo militar em tempo de guerra.

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Cem anos a bengalar

O cinema e o mundo conheceram Charlie Chaplin no dia 2 de Fevereiro de 1914. Cem anos depois, como espectador e a cada filme de Chaplin que revejo, percebo que os tempos de Charlot continuam a ser modernos. Como actor, sinto-me minúsculo perante os génios de colegas de profissão como este.

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