Todos os artigos: Nacional

Bombing em toda a parte!

Quanto maior for a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, contra os portugueses e aqueles que cá vivem, e quanto maior for o desvio de recursos públicos para as mãos dos banqueiros e agiotas, maior será a necessidade de intensificar o carácter repressivo do Estado.

Quando Álvaro Cunhal dizia que a base fundamental dos nossos direitos culturais, sociais e políticos é a economia e os nossos direitos económicos, mostrava com clareza a interpenetração e interdependência entre essas vertentes da vivência colectiva, apontando que no desenvolvimento de uma, se desenvolvem as restantes, como no definhamento de uma definham as outras. A alteração quantitativa no plano da economia provoca alterações qualitativas na vida, nos diversos planos.

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UGT/Governo: a «Aliança Estratégica»

As comemorações do aniversário da UGT decorreram com a maior das transparências. Da mesma forma que nas festas de aniversário mais comuns fazemos questão de convidar aqueles que amamos e que nos são mais próximos, como pais, esposas, maridos, companheiros(as), irmãos e/ou amigos chegados, a UGT convidou o líder do governo e, como cereja no topo do bolo, um dos seus mais bem-sucedidos e competentes ministros: Nuno Crato. Uma vez mais ficou claro o que representa e quem representa, no fundo, essa auto-intitulada “central sindical”. Ficou claro – repito, uma vez mais – para que serve, ou para que tem servido, ao que vem e para onde quer continuar a ir, a UGT e os seus dirigentes. Em nome de trabalhadores e sujando com o que há de pior a palavra “sindicalismo”, a UGT já não tem vergonha de demonstrar de forma clara, evidente, despudorada, que o seu compromisso não é com os trabalhadores, não é com os explorados, mas precisamente com quem os explora, quem os mal trata, quem os despede, quem os precariza, quem os condena à miséria social. Foi o próprio primeiro-ministro quem, num assomo de pura sinceridade, referindo-se à proximidade do governo com a UGT, apelidou muito justamente essa “parceria” como “aliança estratégica”.

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Autoridade Tributária ou os mercenários dos impostos

A história kafkiana dos processos de dívidas às finanças e do «combate à evasão fiscal» tem vindo a assumir contornos persecutórios, designadamente às famílias de menores rendimentos, enquanto assistimos ao acumular de um sem número de notícias sobre fraudes milionárias que sempre escaparam impunes.

Mas o processo contra os que menos têm é simples: tomemos como exemplo o caso das taxas de portagem das auto-estradas. O Estado concedeu a sua exploração a privados. Esses privados começaram a cobrar portagens. Como não querem empregar pessoas, colocam máquinas ou sensores.

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Cancro: sou contra – és contra o quê?

É a altura do Peditório Nacional da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Nos cruzamentos, semáforos, em vários locais, incluindo hospitais do Serviço Nacional de Saúde estarão pessoas, voluntários, que abnegadamente dispõem do seu tempo e da sua bondade para ajudar neste … peditório… convictos de que estão – e estão – a dar o seu genuíno contributo na luta contra o cancro.

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Sobre a relevância da ameaça lançada pelo PSD aos Verdes

O episódio passou ao lado da maioria mas teve lugar, tem relevância e deve merecer reflexão sobre a qualidade da nossa democracia e os perigos que a estão ameaçando constantemente, de forma cada vez mais evidente: no período de declarações políticas da sessão plenária de ontem, na Assembleia da República, o PEV utilizou o seu tempo para fazer mais uma denúncia sobre a política do governo; em resposta, um deputado do PSD fez aquilo que normalmente faz a actual maioria quando a interpelação tem como protagonistas os deputados do PEV: ignorou olimpicamente o tema e concentrou todo o seu escasso poder de fogo no argumento do costume referindo que “Os Verdes nunca foram a votos, nem têm uma política exclusiva”.

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Este é o nosso cinema

O que arde cura, Almas Censuradas, A Máquina, Lápis Azul,  Casa Manuel Vieira, Fontelonga, Outro Homem Qualquer, Alda, Brincar, Longe do Éden, Gambozinos, Luminità, Ophiussa, Terra de Ninguém, A Batalha de Tabatô,  O Frágil Som do Meu Motor, Além de ti, Um Fim do Mundo, Até Amanhã Camaradas, Quarta Divisão, É o Amor, A Última Vez que Vi Macau.

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A incondicional condição de António Costa

Há menos de cinco anos, António Costa dava esta entrevista. Em apenas dois minutos e com a banda sonora do Exorcista no fundo, o actual “candidato a primeiro-ministro” é peremptório:

António Costa: Eu estou impossibilitado (de ser primeiro-ministro) porque tenho um compromisso fundamental com a minha cidade. Foi isso que disse que faria, é isso que vou fazer e é assim que tudo deve continuar.

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Produtividade

Não há guru da gestão, comentador de assuntos económicos ou especialista em generalidades que não apresente ciclicamente o argumento da produtividade na hora de discutir aumentos salariais no país com mais baixos rendimentos da europa ocidental. Aumentos sim, mas apenas em tese, género de difusa intenção agendada para o dia do tal santo – o de “São Nunca à tarde” – que não chega.

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