Quem é Joseph Hamann?

O João Labrincha, do velho 5dias, publicou um excerto de uma entrevista a Karl Marx em que o revolucionário alemão diz isto. Aparentemente, nem o João nem o Karl gostam de sindicatos controlados por partidos. Por mim tudo bem. Até podia responder com outra citação, esta do Álvaro Cunhal, em que o revolucionário português afirma que:

“A natureza de classe, a autonomia e a democracia interna são os factores que melhor podem assegurar a unidade do movimento sindical unitário”. e que “segundo alguns, o mal dos males do movimento sindical português é o que chamam “a partidarização dos sindicatos”. (…) Para sermos claros (…) a acusação de “partidarização dos sindicatos e “hegemonização partidária” referes-e ao PCP e à grande influência dos comunistas no movimento sindical unitário português. (…) A Influência dos comunistas no movimento sindical não resulta de qualquer imposição ou ingerência partidária. Ler mais

Coisa estranha!

É estranho, confesso. Alguns dirão que estou a ficar maluquinho, que perdi definitivamente o juizo. Terão a sua razão. A verdade é que hoje deparei-me com uma declaração do Passos Coelho com a qual concordo a 100%. E é realmente raro eu concordar com esse tipo de gente…

Diz o Passos que este é “o momento mais difícil por que passamos desde o 25 de Abril de 1974“. Porra, é mesmo verdade.

Ler mais

Ode a Odessa

Hesitei em chamar a isto uma ode. Mas que raio! Saramago escreveu evangelhos que não o eram, memoriais que não o eram, ensaios que não o eram. Porque não posso eu escrever uma ode que não o é?

Sempre que em algum lugar do mundo eclode a violência, dispara o contador de vítimas e é do interesse dos órgãos de comunicação de massas, ditos de referência, construir uma história conveniente, surgem por toda a parte, feito cogumelos, grandes especialistas na matéria que opinam com grandes certezas sobre os acontecimentos. A qualquer um causa grande espanto e admiração a desenvoltura com que algumas caras conhecidas, a quem antes nunca tínhamos escutado uma frase sobre o assunto, de repente emitirem todo um discurso elaborado onde não faltam nomes de cidades e de protagonistas.

Ler mais

A única saída é a superação do capitalismo

PS, PSD e CDS assinaram um pacto com o FMI, o Banco Central Europeu e a União Europeia. Nesse pacto, PS, PSD e CDS entregaram o que restava da soberania política e económica do país a instituições que são simultaneamente parte do cérebro e das mãos do sistema capitalista global. Nesse pacto, os partidos da tróica doméstica cederam à tróica ocupante a capacidade de interferir directamente e sem limitações no destino do país, na forma como este se organiza, nos direitos que consagra aos seus cidadãos, nos serviços que lhes presta. Ou seja, o pacto redefine a própria organização do estado. O Estado foi transfigurado pela força da prática, à margem de um projecto constitucional que subsiste e é o último reduto de uma democracia profundamente debilitada, praticamente limitada aos direitos políticos e, mesmo esses, vendo estreitado o seu livre exercício.

Ler mais

Os mártires de Odessa

Há muitos anos atrás, não pude evitar as lágrimas quando vi o filme italiano Novecento. Numa das cenas, que retrata os anos 20, vários idosos aprendem a ler e a escrever numa escola promovida pelo Partido Comunista Italiano. Somos arrebatados pela alegria de quem entregou toda a sua vida ao trabalho no campo e vive agora de brilho nos olhos a aprender o que a burguesia sempre lhe havia negado. Até que a escola é engolida por um mar de chamas quando os fascistas lhe pegam fogo. Na tragédia, morrem carbonizados vários camponeses que ali estudavam. É nas ruas da vila que segue o rio de lágrimas dos que caminham na marcha fúnebre de lenço vermelho. Os restos mortais envoltos em panos vermelhos jazem numa carroça aberta para que das janelas se possa ver a obra do fascismo.

Ler mais

Mais um tiro no pé

Diz-nos o Sol que o Partido Socialista está longe de procurar um confronto com a CDU na campanha eleitoral que se aproxima, apesar das criticas que os comunistas têm dirigido a esse partido, pondo os pontos nos ii e relembrando que também o PS assinou o Pacto de Agressão e que, por isso, está comprometido com as políticas que aqui nos trouxeram.

Contudo, pela voz de Álvaro Beleza e António José Seguro, vamos descobrindo que o adversário do PS não é a CDU mas sim o Governo, até porque o PS tem afinidades com os partidos da esquerda em áreas como a saúde, a educação ou o trabalho. Só uma votação em massa no PS pode promover uma mudança de governo e de políticas, acrescentam.

Ler mais

A hora é de muita dor e solidariedade

Ontem à noite, em Odessa, Ucrânia, foram massacradas 38 pessoas que se refugiavam da fúria nazi do Praviy Séktor e de outras ordas ao serviço do governo de Kiev. Estas pessoas, a maior parte delas de organizações de esquerda, como o Partido Comunista Ucrâniano ou o Borotba, foram cercadas no interior da Casa Sindical de Odessa e pouco depois o edifício foi incendiado, ficando estas pessoas a arder lá dentro.

Ler mais

O Donbass insurrecto

A situação no sudeste da Ucrânia parece deteriorar-se de forma dramática a cada hora que passa. Os acordos de Genebra são letra morta e tudo no terreno contraria a necessária pacificação da situação. Os Estados Unidos continuam a deitar acendalhas para a imensa fogueira que ajudaram a criar e as operações militares promovidas pela Junta de Kiev na zona da bacia de Donets podem bem ser o início de um conflito de escala e consequências imprevisíveis com culpado mediaticamente definido à partida: a Federação Russa.

Ler mais