Marx na Baixa

Marx marca de forma indelével a narrativa histórica do século XX. A sua filosofia inspira revoluções, redesenha fronteiras e agita, com a promessa de um mundo novo, os corações da humanidade inteira. Mas se 130 anos depois da sua morte o capitalismo triunfante garante tê-lo varrido para debaixo do baú das antiguidades filosóficas, porque será necessário declará-lo morto uma e outra vez? É para responder a esta pergunta que Karl Marx, em licença de uma hora, regressa ao mundo dos vivos. Marx in Soho, foi escrita em 1999 por Howard Zinn (1922-2010), historiador e dramaturgo norte-americano, mais conhecido pela sua autoria da “História dos Povos dos EUA”. A suas obras foram distinguidas com dezenas de prémios, entre os quais o Thomas Merton Award, o Eugene V. Debs Award, o Upton Sinclar Award e o Lannan Literary Award. De estivador a doutor pela Columbia University e professor catedrático, o percurso de vida de Howard Zinn é indissociável do seu compromisso para com a justiça social e a simpatia pela causa dos humilhados. Ler mais

Vamos falar de direitos humanos

No Governo de Sócrates mais de um milhão e meio de crianças perdeu ou viu diminuído o seu abono de família pondo em risco a sua alimentação nas escolas (uma vez que perdendo o escalão do abono deixam de ter refeições comparticipadas pela escola), a sua continuidade na escola, a sua subsistência. Ler mais

Bolseiros e o interesse nacional

O investimento público em Ciência e Tecnologia em Portugal conheceu um máximo durante o ano de 2009, apesar de nunca ter atingido o valor da propaganda do Governo de Sócrates e do Ministério de Mariano Gago que ostentava bandeiras de 1% do PIB em cada discurso. Essa mentira foi difundida com estonteante intensidade, não tendo contudo em momento algum a despesa pública em I&D ter ultrapassado 0,72% do PIB. Mesmo que tenhamos em conta a execução orçamental das Instituições Privadas sem Fins Lucrativos e assumamos que toda a sua despesa é financiada pelo Estado (e não é), juntamos 0,14% do PIB para o mesmo ano de 2009 e chegamos a um valor de Despesa pública 0,86%. Ler mais

Temas fracturantes (para a coerência)

Hoje à tarde ouvi o BE a defender no parlamento exactamente o que eu penso sobre a adopção e co-adopção de crianças por casais do mesmo sexo: que os direitos fundamentais não se referendam. No entanto, não consigo evitar uma sensação de estranheza… não foi este o mesmo BE que eu vi em 2006 a defender e votar a favor da celebração de um referendo à interrupção voluntária da gravidez? Nesse ano, o PCP e os Verdes foram os únicos a dizer claramente o que agora o BE apregoa como axioma político. Ler mais

Quem dá mais?!

Até hoje, o BPN, já consumiu mais de 4 mil milhões de euros do trabalho dos portugueses. Esse mesmo BPN foi vendido pelo Estado português por 45 milhões de euros, cerca de um 1% do valor que o Estado aplicou para cobrir os “activos tóxicos” dos criminosos do PSD que roubavam os portugueses nas barbas do Banco de Portugal presidido pelo PS. A dimensão dos crimes cometidos pelos administradores do BPN, bem como a cumplicidade dos accionistas da Sociedade Lusa de Negócios jamais será conhecida num país em que os dois partidos envolvidos dominam o Estado em nome dos grandes grupos económicos que dominam as nossas vidas e a nossa economia. Ler mais

O bullying não acaba na Escola

O Nélson tinha 15 anos e era vítima de bullying na escola. Este fim-de-semana o Nélson não aguentou mais e decidiu deixar de ser humilhado, matou-se. Apesar de já ter acompanhamento psicológico no próprio estabelecimento de ensino, o director da mesma consegue afirmar que na quinta e na sexta o Nélson esteve na escola e não estava a viver uma situação diferente do normal. Só que o normal do Nélson era sair de casa com medo. O director diz que realmente tinha havido uma “brincadeira”. É assim que o bullying continua a ser encarado por alguns, como uma “brincadeira”. Ler mais

«E por que não matá-los?», ou como Mota Soares acaba com o Complemento Solidário para Idosos

Fonte: Recibo de pensionista de Janeiro de 2014: Faltam 72.74 correspondente ao complemento solidário para idosos.

Em 2005 o Governo PS teve uma medida cuja base é de aplaudir mas a concretização foi perversa pelas condições exigidas. Sob o lema de que ninguém viveria com menos de 300 euros por mês (à data considerado pelo PS, e só pelo PS, o limiar da pobreza) criou-se um complemento às pensões inferiores a 300 euros. Ler mais