O China era o gajo mais fodido do Pendão

Os putos brancos ricos tinham medo dos putos brancos pobres. Os putos brancos pobres tinham medo dos putos pretos. Que invariavelmente eram pobres. Já os putos pretos só tinham medo da polícia. Que por sua vez tinha medo dos ciganos, invariavelmente mais pobres que os brancos pobres. E os ciganos, que não tinham medo de ninguém e se riam da morte, da polícia e da prisão, tremiam de medo do China, que era o gajo mais fodido do Pendão.

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Lisboíte aguda

“Vê-se que não é de Lisboa”. Podia ser um comentário de café. Podia ser uma boca parva que se ouve na rua. Podia ser uma afirmação sobranceira de um lisboeta a propósito daquilo a que alguns gostam de chamar província. Mas não. Foi mesmo o argumento político do Vereador Duarte Cordeiro enquanto interrompia fervorosamente a intervenção do PCP na Assembleia Municipal de Lisboa no debate anual sobre o Estado da Cidade de Lisboa.

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Miró como punhos

Um membro da aristocracia espanhola pediu ao antigo BPN um empréstimo de vários milhões de euros e deu como garantia uma colecção de obras de arte da autoria de Miró. Como um dos créditos que levaram o BPN à falência era esse, a “nacionalização” do BPN integrou a colecção num perímetro de activos que resultavam do antigo BPN. Esses activos estão, ainda hoje, ao cuidado de duas empresas públicas: a PARVALOREM e a PARUPS, dirigidas politicamente pelo Governo a quem prestam contas.

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“Rebeldes”

Com o “Estado Islâmico” a desaparecer a alucinante velocidade das notícias que por cá passam sobre a Síria, a expressão “rebeldes” (durante algum tempo caída em desuso e outrora usada no contexto da agressão contra a Líbia, que deixou o país à mercê do jihadismo transnacional) regressou em força às páginas dos jornais, noticiários radiofónicos e comentários televisivos sobre os mais de cinco anos de destruição absoluta daquele que foi um dos mais desenvolvidos e estáveis países da mais instável região do globo terrestre.

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A última viagem de Lénine

A Associação Cultural Não Matem o Mensageiro representa neste Portugal dominado por visões niilistas e mercantilistas da arte uma lufada de ar fresco, um regresso renovado a um teatro feito por gente comum para pessoas comuns, sem medo de assumir o comprometimento político e social que o contexto exige. Assim foi com a peça “Marx na Baixa” e depois com “Homem morto não chora”. Agora o teatro politicamente comprometido volta à cidade com “A última viagem de Lénine”, peça encenada por Mafalda Santos, com base no texto original de António Santos e interpretação de André Levy.

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Uma pipa de chantagem

Em Julho de 2014 o então presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, veio a Portugal anunciar 26 mil milhões de euros de fundos comunitários para apoiar Portugal e a sua economia. Nessa altura referiu-se aos “apoios” comunitários como “uma pipa de massa”, e prescreveu uma mordaça àqueles que “dizem que UE não é solidária”. Acontece que dois anos passaram, Barroso alcançou a reforma dourada no polvo financeiro norte-americano Goldman Sachs, e a “pipa de massa” comunitária passou a ser uma arma de chantagem da burocracia de Bruxelas contra Portugal e o tímido exercício de soberania que inverteu algumas das muitas malfeitorias levadas a cabo pelo governo PSD/CDS entre 2011 e o fim de 2015.

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Brasil – Não existe pecado do lado de baixo do equador!

Quando os colonizadores chegaram levavam consigo a moral hipócrita imposta por normas religiosas que vigoravam na Europa de então. Comportamentos que eram reprováveis à luz da moral de então na Europa mas que, nos trópicos, pela distância e condição dos povos colonizados, quase tudo se permitiam fazer.

Fruto ou não desse largo e marcante período histórico, a sociedade brasileira não só não conseguiu superar estas características negativas que alicerçam também a sua formação como nação, como as ampliou à gigantesca dimensão actual do país.

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