Todos os artigos: Internacional

O ANEL do SYRIZA

Não sou grego nem vivo na Grécia, logo não consigo analisar a realidade grega como um grego ou alguém que viva na Grécia. Não fico contente com vitórias de partidos políticos, nem em Portugal, nem na Grécia, nem em lado nenhum, fico contente quando vejo políticas progressistas a serem aplicadas. O SYRIZA ganhou, ainda bem, no seu programa apresenta um grande número de políticas progressistas, umas mais avançadas, outras mais recuadas, todas baseadas na realidade de uma Grécia inserida na União Europeia e na realidade interna da organização social e política grega. Ficarei então contente quando e se a vida de quem trabalha na Grécia melhorar.

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“Teorias da conspiração”

Nota prévia: este post não é sobre os acontecimentos de Paris.

É sabido que, perante acontecimentos inesperados e altamente mediatizados, existe uma tendência evidente e quase incontrolável associada ao surgimento das chamadas “teorias da conspiração”. Estas “teorias” são geralmente explicações alternativas para os incidentes a que se referem, nuns casos fantasiosas e construídas com base em pressupostos errados ou simplesmente falsos, noutros casos nem tanto.

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Não há unidade – nem republicana, nem democrática nem ocidental

Esta é mesmo das raras fotografias que vale mais que mil palavras. Os líderes das chamadas “democracias ocidentais” desfilaram juntos pelas ruas de Paris, unidos contra o terrorismo e em defesa da liberdade. Juntos, mas longe de toda a a gente, numa rua deserta e cercados de seguranças, porque a segurança deles termina onde começa a nossa liberdade. A fotografia não é só poderosa porque nos mostra Hollande do outro lado do espelho e a encenação por detrás das câmaras, mas é igualmente a demonstração sobrante do que eles querem dizer quando falam de liberdade de expressão: uma farsa. Afinal, a manifestação deles era como a sua liberdade, só para alguns.

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Porque se indignam eles

Na televisão, ontem, numa reportagem sobre a concentração em Lisboa sobre a tragédia de Charlie Ebdo, uma jovem emocionava-se. Porque se emocionaram ontem aquelas pessoas, melhor dizendo, porque é que apenas ontem se mobilizaram aquelas pessoas? Emocionam-se sempre que há notícia de tragédia ou terá sido só mesmo ontem?

Porquê apenas agora a comoção? Descobriram que a morte é sinistra e pode ser injusta? Mas será que só esta semana é que descobriram que há gente massacrada neste planeta, que há vitimas inocentes?

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Não, não somos todos Charlie Hebdo.

O título deste post pode ser mal compreendido, e por isso importa desde já clarificar o seu sentido: não me passa ao lado que a expressão “je sui Charlie”, ou “eu sou Charlie”, tem um significado associado à solidariedade de quem a usa relativamente às vítimas do triste e repugnante acto de violência ocorrido ontem em Paris. Este post não é um ataque à expressão nem a quem a usa. É um convite à reflexão sobre o significado que a mesma tem, para lá do momento durante o qual a sua utilização parece fazer todo o sentido.

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Os assassinos do Charlie Hebdo

O que pensarão os sobreviventes civis de um ataque norte-americano no Paquistão? É certo que as bombas vêm de Washington mas se não houvesse talibãs talvez não existisse guerra. Não creio que o vejam assim. Não há lucidez para essas coisas quando estilhaçam a tua família pelos ares. Os culpados são os norte-americanos, ponto. O que pensarão os sobreviventes civis de um atentado islâmico em Paris? É certo que as metralhadoras foram empunhadas por homens que gritavam por Alá mas se a França não tivesse apoiado a guerra contra Kadafi e Bashar al-Assad talvez não houvesse atentados. Neste caso, repetindo o mesmo exercício, os culpados são os muçulmanos, ponto. Não, não há mesmo lucidez para perceber que as vítimas das guerras são sempre os mesmos. Os trabalhadores e os povos que enchem rios de sangue para ilustrar o extremismo religioso que alimenta o fanatismo e abre caminho ao imperialismo. Foi sempre assim.

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Grécia – Há demasiado tempo do mesmo lado do sol

Como sucede sob o sol ao orvalho das manhãs, à medida que se aproximam as eleições gregas, o SYRIZA vai-se derretendo em garantias de respeitabilidade, promessas de estabilidade e averbamentos de moderação política. Sob intensa pressão do poder económico e financeiro, o radicalíssimo diácono da esquerda helénica esforça-se agora em apaziguar os mercados que saqueiam o seu país: “nós nunca fomos comunistas” juram à imprensa estado-unidense; “só queremos salvaguardar a estabilidade da zona euro” imploram aos agiotas europeus; “somos a melhor garantia de estabilidade financeira” adiantam ao capitalismo.

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Andrajosos Tempos

José António Saraiva (JAS), com a boçalidade que caracteriza os seus textos decidiu inaugurar o novo ano, revelando, novamente, ao que vem, qual o seu papel e a sua visão da sociedade.

JAS no seu corriqueiro tom simplista, demonstra não só a profunda admiração pelo milionário(omitindo a forma como se construiu a fortuna e as suas consequências) como o seu desprezo pelos “pobres”.

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