Todos os artigos: Nacional

O Estado-Galamba e a “pessoa de bem”

João Galamba tem razão: o Estado é uma pessoa de bem, a questão é que depende para quem. Se a matéria em apreço for o bónus de três milhões de euros prometido à gestora da TAP como recompensa pela privatização, então sim: o Estado honra a palavra dada. Mas se estivermos a falar dos 130 trabalhadores que asseguram o serviço de bar e refeições nos comboios da CP, então esse mesmo Estado “pessoa de bem” já não garante nada. Nem o emprego, nem o serviço público, nem sequer o salário de Janeiro, que continua por pagar.

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Contra-atacar o Império

!!!SPOILER ALERT!!! Recomendo a toda a gente que vejam Andor. Mesmo que não tenham grande interesse em Star Wars. Mesmo que nem sequer liguem muito a ficção científica. A série vale por si, independentemente do universo em que se insere. Se não se importarem com os spoilers, continuem a ler. Pode ser que aguce a curiosidade. !!!SPOILER ALERT!!!

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Dizem STOP, MAS mentem

A FENPROF votou a favor de serviços mínimos para a greve dos professores? André Pestana, Renata Cambra, Raquel Varela, entre outras figuras próximas do STOP-MAS, insinuaram que essa deliberação unânime do colégio arbitral contou com o voto favorável do representante dos trabalhadores indicado pela CGTP. Isto é mentira, e os dirigentes do STOP-MAS sabem-no.

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Tarot Grátis

Se as ferramentas e os conceitos marxistas de análise e ciência política, social e histórica vos são distantes, é então fácil crer que os comunistas fazem futurologia da boa: “esta maioria absoluta deixa o PS com condições de levar mais longe o seu compromisso com a política de direita e manter a sua opção de subordinação aos grandes interesses económicos que dominam o país“, alertou o PCP após o resultado das últimas legislativas.

Assim, a turbulência moral, ética e com implicações, alegadamente, jurídicas e criminais do governo, em simultâneo com a promoção da política de empobrecimento geral do país, das famílias e dos trabalhadores, são questões de fundamento ideológico e frequentemente coligidas pelas classes governantes socialistas, mas que não constituem propriamente elementos novos face àquilo que caracteriza a governação burguesa, independentemente da sua proveniência do espectro político.

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Uma Espiral de Aldrabice

Dez demissões em nove meses. Uma maioria absoluta provadamente «fortíssima». Um PS abalado aqui e ali pelas movimentações tectónicas de «casos e casinhos» que, afinal, são qualquer coisa mais do que pareciam e diziam ser de início os seus responsáveis políticos, e muito particularmente, António Costa. Só que o problema fundamental não é, porém, a mudança de nomes ou de figuras neste ou naquele posto, por mais sucessivas que sejam tais alterações de gabinete. O problema é a espiral de aldrabice, o hábito especial que este governo tem de mentir sobre todo e qualquer assunto. O problema é o mal que, com a mentira, este governo está de facto a fazer ao país.

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25 de Novembro, o dia em que temos de fazer tudo de novo

As tentativas de reescrever a história por parte da extrema-direita não são uma novidade nem em Portugal, nem na Europa. São o caminho que tem vindo a ser trilhado com a conivência daquilo a que se chama, nos dias de hoje, valores ocidentais.

As tentativas da direita e extrema-direita em relevar o 25 de novembro, não são menos do que procurar descredibilizar a Revolução de Abril e as suas conquistas, que tanto custam a engolir aos herdeiros do fascismo. A referência a Jaime Neves, em particular, que na noite de 24 para 25 de Abril se furtou à missão que lhe tinha sido confiada pelos militares revoltosos, por motivos mais mundanos, como é público, é um insulto nojento à memória das vítimas dos massacres de Wiryamu, Chawola e Juwau, no distrito de Tete, em Moçambique, a 16 de dezembro de 1972.

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Fausto: Para lá do que é eterno

Fotografia de Egídio Santos, captada na Festa do Avante! de 2015.

A 26 de Novembro de 1948, nascia-nos Fausto Bordalo Dias a bordo do navio Pátria, em pleno Oceano Atlântico, em alto-mar, por cima das águas. E parece que não podia ser de outra maneira. A 19 de Novembro de 2022, o seu disco-epopeia Por este rio acima, inspirado nas viagens de Fernão Mendes Pinto, completava 40 anos de pimenta e maravilha. Foi na amplitude de uma Aula Magna transbordante de emoções que centenas de navegantes se reuniram para os celebrar, como quem celebra o aniversário de um melhor amigo comum. No dia 20, voltariam outros tantos a navegar rumo ao edifício da Reitoria da Universidade de Lisboa, já que a primeira data esgotara num piscar de olhos. Também não podia ser de outra maneira.

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Unidos como os dedos da mão

Em 2004, num Congresso em Almada, o camarada Jerónimo de Sousa sucedia a Carlos Carvalhas como Secretário-Geral do Partido. Assisti às peças sobre esse Congresso na televisão, em casa da minha madrinha, numa pequena sala que servia sempre de actividades paralelas às conversas que duravam noite dentro na sala de jantar e de estar, com família e amigos.

Inscrita na JCP desde o ano anterior, mas ainda muito verde e inexperiente, olhava para aquele momento com a solenidade que o que não conhecemos, mas admiramos, nos impõe.

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