As tentativas de reescrever a história por parte da extrema-direita não são uma novidade nem em Portugal, nem na Europa. São o caminho que tem vindo a ser trilhado com a conivência daquilo a que se chama, nos dias de hoje, valores ocidentais.
As tentativas da direita e extrema-direita em relevar o 25 de novembro, não são menos do que procurar descredibilizar a Revolução de Abril e as suas conquistas, que tanto custam a engolir aos herdeiros do fascismo. A referência a Jaime Neves, em particular, que na noite de 24 para 25 de Abril se furtou à missão que lhe tinha sido confiada pelos militares revoltosos, por motivos mais mundanos, como é público, é um insulto nojento à memória das vítimas dos massacres de Wiryamu, Chawola e Juwau, no distrito de Tete, em Moçambique, a 16 de dezembro de 1972.