O imperialismo também usa silenciador

Esta tarde, o deputado venezuelano Robert Serra, eleito pela zona de Caracas que inclui o bairro 23 de Enero, baluarte da revolução bolivariana, ia participar numa conferência consignada ao tema «Fascismo, vanguarda extrema da burguesia». Mas já não vai. Caiu assassinado mais a sua companheira na noite passada. Para lá da especulação, há boas razões para suspeitar do imperialismo, essa mão invisível que se abate sobre os povos mas que só se confirma décadas depois quando se desclassificam documentos.

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Farsa para um povo enganado e um banqueiro armado

Somos muitas vezes levados a crer que a intervenção do Estado, através das ordens dos Governos, na banca privada se destina a salvaguardar uma espécie de entidade abstracta que dá pelo nome de “banco”. Essa ilusão alimenta a justificação que não poucas vezes parece chancelar a intervenção do Estado: a da necessidade de, salvando o “banco”, se salvam os depositantes e as poupanças que lá se encontram.

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No Pineapple Left Behind – os videojogos ao serviço do povo

Excepções à parte, a chamada “cultura dos videojogos” sempre foi a coutada da direita marginal, um terreno ideologicamente dominado pelo sexismo, o culto da violência, o anti-comunismo e a apologia do imperialismo. À medida que esta indústria conquistou lugares nas bolsas, ultrapassando mesmo a indústria cinematográfica a nível mundial, foi atraindo o interesse e o investimento de magnatas cujas ambições políticas se reflectem nos jogos.

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Dar guarida aos carrascos

Já não há palavras para descrever a prestação de Assunção Esteves enquanto presidente da Assembleia da República. Nunca ninguém que tenha presidido àquela magna casa se mostrara tão desastrado e tão “barulhento” numa posição que exigiria recato, prudência, sentido de responsabilidade e salvaguarda dos mais elementares princípios éticos. Poderíamos falar apenas das declarações inacreditáveis dos “inconseguimentos frustracionais”, ou até da sua moderação parlamentar trapalhona, equívoca (basta ver os debates), muitas vezes “salva” pela competência dos coadjuvantes, de resto tudo semi-escondido atrás de rasgados sorrisos atirados à força às bancadas parlamentares. Mas é no seu debilitado sentido institucional, na falta de consciência histórica, que muitas vezes se revela a sua inabilidade extrema para as funções elevadas que desempenha.

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Marionetas primárias

O teatro de marionetes é uma arte fantástica, quer do ponto de vista da sua fruição, quer do ponto de vista das diversas técnicas que envolve. Na verdade, o teatro de marionetas é uma forma de expressão que envolve diversas outras, desde o fabrico das magníficas peças que constituem visualmente a personagem – a marioneta – à manipulação da personagem e, muitas vezes, à interpretação de vários papéis pelo mesmo manipulador. Quando o pano abre, o espectador nunca sabe sequer quantas pessoas estão na verdade envolvidas na produção e execução de cada peça, mas antecipa um certo deslumbramento com a habitual escuridão que envolve o pequeno palco.

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Princípio do utilizador pagador… e do produtor pagador!

A estranha dualidade de como se continua a publicar ciência no mundo parece escapar à atenção da maioria da comunidade que teima em não deixar para trás um sistema arquitectado para o controlo e para o lucro. Mesmo havendo duras críticas por parte de muitos investigadores, alguns com peso mediático por grandes feitos na ciência premiados até pelos maiores galardões das suas áreas como o Nobel ou a medalha Fields, e as suas insistências em recusar publicar nas editoras que olham para a edição e publicação científica como um negócio, a discussão está longe de ter a atenção que deveria ter, principalmente por parte dos intervenientes públicos responsáveis pelo financiamento da ciência e tecnologia em geral.

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