Quarenta anos depois da revolução, quatro mulheres falam das dificuldades que passaram, da miséria que lhes roubou a infância e das lutas que travaram contra a dureza dos tempos. De quando, sobre os estômagos dos portugueses, o peso da fome amarrava muitos à sopa dos pobres. E do que se começa a viver hoje em muitas localidades do País e que era sentido de forma brutal pelos trabalhadores durante o fascismo.
O fio de Ariadne – o papel da mulher no sucesso das lutas

A 10 de Maio de 2008, no Encontro do PCP sobre os Direitos das Mulheres, dava-se nota de um exemplo de luta de trabalhadoras de uma fábrica cuja administração, ainda antes de qualquer alteração legislativa, pretendia impor o alargamento do horário de trabalho. Ler mais
Prioridades. (“Concertação social” parte 2)
Ainda o tema do salário mínimo nacional: segundo notícia avançada pela RTP, “a UGT só está disponível para negociar um aumento do salário mínimo ou um acordo de concertação social depois do fim do programa de ajustamento da ‘troika’ e das eleições europeias“. O que é notável visto que o acordo sobre salário mínimo nacional, que foi assinado por todas as organizações da chamada “concertação social”, previa o aumento do SMN para 500 euros em 2011, ou seja, leva 3 anos de atraso e incumprimento.
O tempo disse ao tempo que o tempo tinha quanto tempo o tempo tem: quanto tempo tem o teu tempo?

Adaptabilidades e flexibilizações. Adaptabilidade total do trabalhador ao tempo e vontade do patrão. Adaptar a sua vida, a vida da sua família, a sua actividade política, o seu direito ao repouso e ao descanso à necessidade de maior ou menor exploração. Uma espécie de mealheiro, onde o patrão guarda as horas que entende, para gastar quando entende, como entende.
“Concertação Social”.
O primeiro-ministro anuncia a menos de dois meses das eleições para o parlamento da união europeia que está disposto a discutir o aumento do salário mínimo nacional. Trata-se do mesmo primeiro-ministro que dizia estar a lixar-se para as eleições, e que há pouco mais de um ano referiu, em debate parlamentar suficientemente noticiado para ser esquecido sem mais, que o mais sensato para o combate ao desemprego seria descer o salário mínimo.
Roda bota fora
A 25 de Maio decorrem as eleições para o Parlamento Europeu. Devem ser também um sufrágio sobre as políticas do governo PSD/CDS, até porque as suas políticas nacionais são indissociáveis das políticas da União Europeia e do pacto de agressão da Troika. Os partidos do governo devem, têm de sofrer uma derrota eleitoral. Mas há que não esquecer que estas políticas da UE tiveram o apoio de toda a troika nacional, dos partidos do governo juntamente com o PS.
5 mitos sobre a NATO (no dia do seu 65º aniversário)
A NATO é uma aliança de democracias.
Errado. Não é hoje nem foi no passado. Basta lembrar que a ditadura fascista portuguesa foi admitida entre o núcleo de países fundadores da NATO. No presente, e não obstante o carácter subjectivo da caracterização de muitos países membros da NATO como “democracias”, lembro que a Turquia é membro da NATO. A Turquia que promove a ocupação ilegal da metade norte da ilha de Chipre (curiosamente Obama dorme tranquilo que esta ocupação) e que tem décadas de uma luta sangrenta contra os povos curdos da parte leste do país. A Turquia que tem sido uma das bases seguras para o fundamentalismo islâmico que tem destruído a Síria.
Ser-se “democracia” não é de forma alguma (nunca foi) critério para se pertencer à NATO.
Maldição de Malinche: a esquerda europeísta
Enquanto escuto a mexicana Amparo Ochoa, recordo o entusiasmo sincero de uns e oportunista de outros quando os índios zapatistas se levantaram em armas em Chiapas. Foi a 1 de Janeiro de 1994 e, desde então, não mais cessou a romaria política àquela região da América do Norte. Os mesmos que alimentavam o eurocomunismo e abriam as portas à União Europeia desfaziam-se em simpatias por aqueles rebeldes que subcomandados por Marcos se sublevaram no mesmo dia em que entrava em vigor o Tratado de Livre Comércio entre o México, os Estados Unidos e o Canadá.