Talvez pareça estranho que tenha sido a União Soviética o primeiro país a pôr uma mulher no espaço. À URSS vestiram-lhe tantas vezes a pele de lobo que se torna difícil convencer alguém que tenha sido submetido a pelo menos duas horas de Canal História na sua vida que Valentina Tereshkova, filha de operários, tenha pilotado a sonda Vostok VI, em 1963, e tenha dado 48 voltas ao nosso planeta. A terrível pátria de Lénine, cujas mulheres conquistaram o direito ao voto, ao aborto, à igualdade legal e, progressivamente, à igualdade material, foi efectivamente protagonista de alguns dos maiores feitos na luta das mulheres.
5 razões para ser leninista em 2014

Desde a morte de Engels que o leninismo é a mais radical, coerente e incendiária adenda à doutrina marxista. O contributo de Lenine não foi edificativo para que o operariado assimilasse e aplicasse a obra de Marx, foi também o inspirador da primeira revolução desde a Comuna de 1871 a acabar com o capitalismo e a instaurar o socialismo. Nos nossos dias amargos de miséria, quando os tambores da guerra voltam a ribombar em todos os continentes, cabe aos marxistas e a todos os revolucionários prestar especial atenção aos fundamentos do leninismo. Afinal ele é, comprovadamente, o mais eficaz dos guias para destruir o capitalismo que diariamente destrói a humanidade.
Coragem hoje, abraços amanhã

Feliz coincidência esta do aniversário do Partido Comunista Português ser tão próximo do Dia Internacional da Mulher (8 de Março) e no Dia Nacional da Igualdade Salarial. Os 93 anos de luta diária do PCP influenciaram de forma decisiva a luta pela emancipação das mulheres, e essa luta é, ainda hoje, um dos pilares da intervenção do PCP.
Até à maior das liberdades: a de não ser explorado
No Capítulo sobre Cooperação d’O Capital [1] Marx relembra as palavras de Giovanni Carli “ «A força de cada homem é mínima, mas a reunião das forças mínimas forma uma força total, maior ainda do que a soma das mesmas forças, ao ponto de as forças, por estarem reunidas, poderem diminuir o tempo e acrescentar o espaço da sua acção.» O proletariado português tem um partido há exactamente 93 anos e nesse Partido o trabalho colectivo, a reunião das forças, foram características indissociáveis da sua natureza, é certo, mas também da sua indestrutibilidade.
Que força é esta?
No dia 6 de Março de 1921 nascia o Partido Comunista Português. Ao contrário de outros partidos comunistas do ocidente, o PCP nasceu da vontade dos trabalhadores, da necessidade que sentiram de criar uma forma organizada de resistência e luta no rescaldo da I Grande Guerra, com Portugal assolado pela pobreza, fome e desemprego.
Então, 93 anos depois, tantos anos passados, que força é esta?
Os snipers de Kiev, ou a estratégia de Bucareste repetida em “Maidan”.
Ver John Kerry chorar lágrimas de crocodilos pelas vítimas dos snipers da Praça Maidan, durante a sua recente viagem a Kiev, fez-me recordar os acontecimentos de 1989, na Roménia. Sobre o assunto, sobre os snipers “romenos” de 1989, aconselho o mal conhecido documentário “Checkmate: Strategy of a Revolution”, de Susanne Brandstätter.
O bisneto de Maisanta

As imagens repetiam-se uma e outra vez. Onde quer que ele estivesse, transbordava a terra de mulheres e homens com fome de justiça. Numa das vezes, recordo a velha que trazia consigo o incomensurável sofrimento a que toda aquela gente havia sido submetida durante décadas. E se não falo de séculos é porque felizmente ninguém é capaz de suportar a miséria mais do que aquilo que a genética nos permite. Mas eles não esquecem. Nunca esqueceram quem é que aos antepassados encheu as costas de vergastadas. Desde os espanhóis que pisaram as praias venezuelanas, há mais de quinhentos anos, aos heróis que arrastaram multidões e esmagaram a tirania, sabem-lhes os nomes na ponta da língua.
*apontamentos sobre o 2 de Março: Que se lixe a troika, o povo é quem mais ordena!
2 de Março de 2013. Acordei depois de umas horas mal dormidas. Desde o fim de Janeiro que não parava um dia que fosse em casa.
Ao trabalho diário acresceu, à militância partidária e à normal participação em lutas e acções reivindicativas de vários movimentos sociais e da CGTP, a participação no Que se lixe a Troika. Todos me eram praticamente desconhecidos, mas, num ápice os rostos se tornaram tão familiares que os via com muito mais frequência do que aquela com que vejo família ou amigos.